Uma verdadeira nação comemora na data de hoje o centenário de sua república. Não é um povo pequeno: são estimados em 25 milhões de pessoas em todo o Brasil. Mas como assim? Uma nação dentro de outra? Talvez seja a melhor forma para definir os torcedores do Sport Club Corinthians Paulista.

Torcedores de outros times podem torcer o nariz à vontade. O fato é que o chamado Timão tem a segunda maior torcida no país, sendo menos popular apenas diante do Flamengo. Por outro lado, o Corinthians extrapola a simples condição de equipe esportiva. Trata-se de um fenômeno cultural de massa.

Com certo exagero (ou não?) o corinthiano dito “roxo” eleva o amor ao time à condição de religião. É devoto, reza e chora enquanto torce, enquanto ganha e enquanto perde. Tamanho amor e popularidade, fazem com que no futebol brasileiro existam duas grandes torcidas: a do Corinthians e a dos que torcem contra os corinthianos.

Não é um time das elites. Começou por baixo, disputando os campeonatos varzeanos. Por isso sempre foi mais próximo do povo, dos operários. Jamais negou esse traço. O Corinthians foi o segundo time brasileiro a aceitar jogadores negros em seus quadros, seguindo o pioneirismo do Bangu no Rio de Janeiro.

Histórias, conquistas, ídolos, belas e trágicas páginas do futebol nacional: o Corinthians tem tudo isto e muito mais, não há como negar. É como diz o jornalista corinthiano Juca Kfouri: “Ser campeão não é fundamental. O fundamental é ser corinthiano”.

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